Sabiá Laranjeira - TURDUS RUFIVENTRIS


História
É a ave símbolo do Brasil, título concedido pela sua presença constante na cultura popular seja em poemas ou músicas. Há quem questione a escolha desta ave como símbolo nacional, especialmente pelo fato de não ser endêmica do Brasil, ocorrendo também em países vizinhos, mas atualmente o título já está oficializado.


Características
Medem cerca de 25 cm.

Em média, a espécie pode viver em até 30 anos.

A coloração de suas costas é cinza-escuro, peito esbranquiçado, gola raiada de tons preto e branco e abdome vermelho alaranjado que pode mudar de tom conforme a região, a do nordeste brasileiro é bem mais claro, bem mais amarelado.


Não há disformismo sexual, a fêmea é exatamente igual ao macho, não se consegue separar um do outro, facilmente.
É um pássaro territorialista, e demarca uma área geográfica quando está em processo de reprodução e não aceita a presença de outras aves da espécie, a fêmea também é muito valente. Ao iniciarem-se as chuvas ao final do mês de agosto, cantam muito para estimular suas fêmeas e fixarem sua morada, notadamente ao amanhecer e ao entardecer.

CANTO
Seu canto é longo e melodioso assemelhado ao som de uma flauta e dependendo do local pode-se escutá-lo a mais de um quilômetro de distância. Alguns repetem o canto e chegam a passar até dois minutos emitindo-o, sem parar.

A frase musical de qualidade varia de 10 a 15 notas, sendo que ele costuma variar a seqüência das notas modificando-as para dar maior beleza ao canto, inserindo inclusive os curiangos "krom-krom" ou os joão-de-barro "quel-quel-quel".

Comportamento
O sabiá tem muita dificuldade em adaptar-se em ambientes estranhos, não se acostuma facilmente com objetos diferentes, a gaiola é muito grande e por isso é desaconselhável retirá-lo de locais da onde estão ambientados.

Além do que, uma vez assustado bate a cabeça nas hastes e nos ponteiros das gaiolas e chega a se ferir gravemente e cada vez com mais intensidade, e se matar se não for socorrido em tempo. Para evitar isso, é bom que se coloque uma proteção de pano ou papel nos lados da gaiola para que ele se acomode melhor.




Quando não estão em processo do choco ou na fase do fogo e que a libido está em alta, quase não cantam e podem ser vistos agrupados, especialmente no chão a comerem frutos e insetos.

Confinamento
São belos pássaros de tamanho médio de cerca de 25 cm e por isso precisam de gaiolas e viveiros adequados para poderem sobreviver com plena saúde. A grande maioria dos passarinheiros que os mantém não costumam levá-los para passear como os bicudos, coleiros e curiós.















Reprodução
Na natureza, procria entre os meses de setembro e janeiro.


Preferem as beiradas de matas, pomares, capoeiras, beiras de serras e estradas, praças e quintais, sempre por perto de água abundante.



Se forem pássaros mansos e acomodados, especialmente a fêmea, reproduzem com muita facilidade também em ambientes domésticos, assim facilitando a preservação dos dialetos de canto de mais qualidade, esse é o principal estímulo.

O ninho é geralmente feito em forquilhas de árvores de porte médio. É construído basicamente de gravetos e folhas finas, podendo ser reforçado com barro.





Os pais se revezam na alimentação dos filhotes, que levam cerca de 3 semanas para abandonar o ninho.

O filhote nasce aos treze dias depois de a fêmea deitar e sai do ninho também aos treze dias de idade e pode ser separado da mãe com 35 dias